sexta-feira, 30 de novembro de 2012

O maior e mais louco larp de Battlestar Galactica acontecerá ano que vem na Suécia


por  Rob Bricken, em 29 de novembro de 2013


Se você curte live-action role-playing, é fã de Battlestar Galactica, ou escuta regularmente "All Along the Watchtower" [NT: essa] na sua cabeça, é melhor você começar imediatamente a procurar passagens de avião para a Suécia. Em março do próximo ano, a cidade de Gotemburgo irá sediar um larp completamente insano chamado The Monitor Celestra que será jogado... em um destroyer real. Do site oficial:
Nossa história começa na estação Ragnar onde a frota rag-tag está detida enquanto a Battlestar Galactica recarrega suas munições.
The Monitor Celestra durará em torno de 130 horas entre o fim da minissérie e o início do episódio "33" (i e início da primeira temporada). É altamente recomendável que você assistia pelo menos isto de Battlestar Galactica antes de se alistar.
Enquanto nos esforçamos para permanecer fiéis a tradição da série re-imaginada, nos permitiremos desvios dramáticos ao cânone quando isso trouxer consequências para os eventos abordo da Celestra, até mesmo podendo incluir a destruição da frota.
Mesmo que você não jogue larp ou não possa com os custos, vale a pena checar o site apenas para ver o quão loucamente elaborado é isso. Eles tem a história montada, onde é definido o cânone do BSG, quais grupos dferentes estão a bordo da nave e muito mais.
 They've got the story figured out, where it's set in the BSG canon, who the different groups onboard the ship are, and more. Eles já tem o estilo Battlestar Galactica de loucura:
Através do uso de jogadores especialmente instruídos, poderemos experienciar projeções Cylon e flashbacks mundanos que compõe as peças centrais da narrativa de Battlestar Galactica. Nos inspiramos nos relacionamentos de Baltar - Caprica Six e nos esforçamos para criar dilemas similares possíveis para todos os jogadores, direta ou indiretamente. Você pode repentinamente encontrar-se de volta em sua casa Tauron, vivendo dilemas de seu passado que continuam a assombrar o seu personagem. Tudo dentro de um quarto especialmente criado para Projeções.
Honestamente, a idéia de que alguém poderia interpretar um Cylon infiltrado ou mesmo um anjo (ou o que diabos estava acontecendo naquela temporada passada) causam-me deleite sem fim. Apesar de que, se eu fosse, tenho certeza de que teria pego para mim o comandante da nave - claro, aprecio a honra, mas se for para ficar bêbado e fedorento chorando sobre o destino inevitável da humanidade, eu posso fazer isso em casa.


FONTE: IO9 - O maior e mais louco larp de Battlestar Galactica acontecerá ano que vem na Suécia, http://io9.com/5964404/the-worlds-biggest-craziest-battlestar-galactica-larp-is-happening-next-year-in-sweden

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

LARP. Zombies, bifanas, tiros de espuma e catanas

Por Joana Azevedo Viana, publicado em 23 Maio 2012

Marque na agenda: em Setembro chega uma nova forma de brincar ao apocalipse e às conspirações


Foi a pinta de Zombie Master que safou José Jácome da prisão. Chegado de Londres com shotguns e um cinto de balas verdadeiras – ainda que “usadas e esvaziadas de pólvora” –, foi chamado a uma sala de segurança do aeroporto de Lisboa para esclarecer a alfândega sobre possíveis intenções terroristas. “Lá acabaram por achar piada à coisa e deixaram-me passar com tudo.” Meses depois, vindo da Finlândia com oito máscaras de gás verdadeiras no porão, o filme repetiu-se. Os seguranças voltaram a perceber que era tudo por uma boa causa.

Jácome, de 30 anos, e o sócio Philip Kirkby, de 37, são os responsáveis pela chegada do Live Action Role Play (LARP) a Lisboa. Depois de organizarem noites de jogos de tabuleiro de terror em edições do MotelX e de abrirem o Clube de Jogos de Carnide, a nova aventura é trazer para a capital os ensinamentos dos países nórdicos, verdadeiros profissionais de LARP. “Estive num congresso de oito dias disto na Finlândia. Ficaram todos contentes, aparentemente fui o primeiro português a participar num encontro destes.”

Jogar LARP é um do-it-yourself meio preparado meio improvisado: as pessoas são os peões, a cidade o tabuleiro, vale tudo para sobreviver e há histórias e missões a desenrolar-se constantemente. “Mas isso não quer dizer que as pessoas não possam entrar a meio”, explica Jácome. “Vamos fazer uma campanha que começa em Setembro, quando abrirmos inscrições, e vai haver um jogo por mês. A história vai acontecendo, mas são todos bem-vindos em qualquer altura.”

Para já, ainda muito está no segredo dos zombies. Para publicitar a novidade, a dupla está a preparar uma curta que deverá passar na próxima edição do MotelX. Para que tudo corra bem é preciso ensaiar. E sem saberem bem ao que iam, uma jornalista e um designer do i acabaram por se infiltrar nas primeiras gravações, num cenário apocalíptico digno de Romero: ela como caçadora, ele como zombie.



EPIC WIN Estamos numa mansão abandonada em Algés, com vegetação a perder de vista, espaços recônditos e umas 40 pessoas em plena transformação. Faltam algumas horas para a final da Taça de Portugal, mas ali quem reina são os mortos--vivos, não o futebol. Toda a gente respondeu ao chamamento do grupo LARP Lx no Facebook para passar um domingo diferente a caçar e a ser caçado. Receita com tudo para dar certo.

Entramos por um talho ensanguentado para a zona de maquilhagem. Estava combinado que cada pessoa se zombificaria, mas Cypress, uma das presentes, acaba a cobrir caras com argila, a pintar feridas com tintas e gelatina e a usar groselha como sangue, borrifando-a em roupas usadas cedidas pela organização.

O designer do i usa um blazer bege pendurado num gancho do talho, senta-se na cadeira da caracterizadora e, em cinco minutos, está transformado. A jornalista apaixona-se por uma máscara assustadora, pega numa shotgun com balas de espuma e prepara-se para a caçada. Os zombies já estão todos escondidos: nos edifícios, na zona da piscina, nas casas contíguas com mato por desbravar. Ouvido o tiro de partida, é incrível como se entra de imediato na onda. “Cuidado! Há uma horda!”, grita Kirkby, caçador companheiro, com uma minicâmara na arma e uma máscara de gás. Saltam zombies de todos os lados, correm, atiram-nos ao chão, mordem-nos. A jornalista é a primeira a ser transformada.

“Desta vez foi mais um jogo de escondidas do que LARP, porque em LARP há missões e objectivos a cumprir”, explica Jácome com uma máscara de porco e uma motosserra na mão, já o jogo tinha terminado. “Mas foi um epic win e serviu para aprender muito de logística e de como usar as câmaras para gravar tanto da perspectiva do caçador como do zombie. É bom poder ver o pânico quando um caçador é infectado.”

Nem só de zombies se farão os LARP. Desde o jogo em que todos são mercenários e alvos à história de alguém em risco de vida por querer denunciar terroristas, vai valer tudo. Os organizadores pedem uma pequena contribuição para as bifanas e as cervejas servidas nos encontros e para ir aumentando o arsenal falso. Depois vai ser só seguir instruções e entrar no jogo sem perder a cabeça.



 
FONTE da Matéria: Ionline (Portugal) - LARP. Zombies, bifanas, tiros de espuma e catanas, http://www.ionline.pt/boa-vida/larp-zombies-bifanas-tiros-espuma-catanas

FONTE do vídeo e fotos: Larplx, http://larplx.clubedejogos.com & Fanpage Larp Lx no facebook, https://www.facebook.com/larp.lx

quinta-feira, 8 de novembro de 2012